sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ai meus cabelinhos...

O Mauricio nasceu com alguns cabelinhos pretos, bem ralinhos, me lembro que a primeira coisa que o meu marido falou quando o viu nascer foi: ele é cabeludo Isabel... fiquei tão emocionada que chorei, neste momento a enfermeira o mostrou rapidamente pra mim e tive a impressão que meu filho era ruivo rs, era a mistura de sangue e placenta que depois de limpinho ficou castanho escuro, quase pretinhos.
Aos dois meses meu filho perdeu muito cabelo, como a maioria dos bebes nesta época e ficou com aquela cara de velhinho, alguns cabelinhos na lateral acima das orelhas e aquela careca na parte de cima da cabeça, eu não via a hora dos cabelinhos dele começarem a crescer novamente.
Aos 6 meses os cabelinhos voltaram a nascer e agora quem começou a perder os cabelos fui eu, não pelas noites de sono mal dormidas ou estresse e sim pelos puxões de cabelo que o meu filho me da, chega a doer...
Agora com 7 meses ele se pendura no meu cabelo, todos os dias me olho no espelho pra conferir se não estou ficando careca ou calva, ele não resiste quando me abaixo para pega-lo e da aquele puxão e pior quando o danado vê a minha cara de dor... da uma risadinha sarcástica... quem resiste?
Bjo

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ser mãe

A missão de ser mãe quase sempre começa com alguns meses de muito enjôo, seguido por anseios incontroláveis por comidas estranhas, aumento de peso, dores na coluna, o aprimoramento da arte de arrumar travesseiros preenchendo espaços entre o volume da barriga e o resto da cama.
     
Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga. O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento.
     
Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo? É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia.

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores. É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampará-lo nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências.
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: E se tivesse sido meu filho? E ante fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome.
     
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho. É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas. É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase.
     
Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.
     
Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de mamãe a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação.
     
Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê. Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais – não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela. É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.
Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá.
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.
É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um Espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.

* * *
A maternidade é uma dádiva. Ajudar um pequenino a desenvolver-se e a descobrir-se, tornando-se um adulto digno, é responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se transforma em mãe. E toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Dia das mães, de autoria de Sharon Nicola Cramer e no cap. Isso vai mudar totalmente a sua vida, de autoria de Dale Hanson, ambos extraídos da obra Histórias para aquecer o coração, v. 2, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed. Sextante.Em 24.06.2008.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sem tempo pra mim

Engraçado, quando eu voltei a trabalhar depois da licença-maternidade, não encontrava tempo pra cuidar de mim, deixava o Mauricio as 8hs no berçário e ia para o trabalho, as 11hs voltava ao berçário para amamentar, as 13hs eu almoçava em 15min pra poder amamentar novamente e as 15hs também.
Isso durou 1 mês e meio, até eu resolver dar um basta na situação e entrar num acordo com a empresa para ser demitida.
Eu precisava de um tempo pra mim, pra organizar minha vida, minha carreira, tudo. Contando com o mês de licença pré nascimento, eu estava 6 meses parada no tempo. Eu não fazia o cabelo, não fazia a unha e depilação passava longe.
No lado profissional eu via oportunidades boas passarem porque meu inglês estava emperrado e não conseguia mais tempo para estudar, o mandarim ficou no passado.
Decidi então parar, pegar o dinheiro da minha rescisão e cuidar de mim, teria tempo pra estudar inglês, fazer unha, cabelo, depilação e quem sabe uma academia.
Hoje faz 50 dias (quase dois meses) que estou desempregada e a situação continua a mesma.
Meu marido diz que não sei planejar meu tempo e em parte ele tem razão, eu tenho uma empregada todos os dias em casa, mas ela trabalha para a casa, limpa, lava, passa e cozinha, o Mauricinho é todinho meu, o dia todo.
Hoje fiz as contas e minha jornada de trabalho em media dura 14 horas, acordo as 6hs com ele e o coloco no berço agora 19h30.
São 14hs de trabalho ininterrupto, troca fralda, brinca, mamadeira, brinca, papinha, suco, sobremesa, troca fralda, brinca, passeio, troca fralda, lanchinho, brinca, mamadeira, suco, sobremesa, brinca, banho, mamadeira.. dorme...
Claro que ele da uma dormidinha de 2 horinhas no meio do dia, tempo que aproveito pra comer, tomar banho e entrar na internet pra fazer compras, pagar contas, encontrar amigos virtuais (todos amigos se tornaram virtuais) e socializar.
Agora estou tentando escolher entre ficar em casa e esperar meu marido chegar para jantarmos juntos continuando peluda e com as unhas horrorosas ou esperar meu marido chegar e sair pra me embelezar pra voltar e dormir.
Escolha dura essa!
Fico feia pro marido ou bonita para o edredon? Afinal quando eu chegar ele estará dormindo, pois, anda tão cansado quanto eu...
Tenho um livro que se chama Vida de Equilibrista e este livro fala sobre a volta da mulher ao trabalho depois da licença-maternidade,  adorei lê-lo, mas, sinceramente, admiro mais ainda aquela que fica em casa com os filhos, aquela que não tem salario no final do mês e que o marido liga no final do dia perguntando o que tem pra jantar...
Esta mulher sim 'e uma verdadeira equilibrista.
Bjo

O primeiro danoninho a gente nunca...

O Mauricio vai completar 7 meses daqui exatamente 6 dias, eu como toda boa e ansiosa mae, nao via a hora de oferecer o tao desejado e delicioso danoninho ao meu filhote.
Agora que eu ja sou mae ha 7 meses, tenho sentido uma certa liberdade em fazer as coisas sozinha sem ficar ligando todos os dias para o pediatra dele, com o danoninho nao poderia ser diferente, fui toda feliz ao supermercado e comprei de uma so vez... papinha industrializada e danoninho, claro, eu iria almocar fora com meu marido e o Mauricio tambem tinha o direito de comer na mesa do restaurante uma comidinha "diferente" da habitual.
Sai do mercado muito feliz com minhas compras e no restaurante, enchi meu filho de comidinhas, ainda disputei com meu marido quem seria o primeiro a dar o danoninho pra ele. Mateus ganhou a disputa e deu o primeiro danoninho pro Mauricio que claro: amoouuuu! Dava broncas no pai dele pra nao demorar as colheradas... saimos do restaurante felizes com nossa aventura.
A noite, como habitual, demos o banho das 19hs, trocamos, mamadeira e ele foi dormir as 20hs como sempre... ele deveria dormir ate as 6hs da manha como tem feito todas as noites e eu aprovetaria que meu marido foi pra capoeira e dormiria umas horas mais cedo, pra descansar, relaxar a pele...
Jantei, tomei meu banho e as 21h30 estava prontissima pra ir pra cama, deitei com meu pijaminha de flanela embaixo daquele edredon enorme e quando estava quase sonhando, por volta das 22hs ouco ao fundo um choro.
Este choro se repetiu as 0h, 1h, 2h, 3h, 4h e finalmente as 6h30 ele acordou.
A noite toda ele chorou sem razao, nao queria mamar, nao estava molhado, nao sentia frio e nem calor...
Pensei: O que eu fiz de diferente no dia anterior?
Claro que a combinacao papinha industrializada e danoninho podem ter sido os responsaveis pelo choro do Mauricio a noite toda, pois, hoje, ele teve duas evacuacoes acima do normal e com a mesma consistencia da papinha... ecaaa..
Semana que vem teremos consulta no pediatra e com certeza vou levar uma bela bronca por ter sido uma mae tao "liberal" rsrs.
Bjo