domingo, 11 de novembro de 2012

Os defeitos dos filhos dos outros

Quando nossos filhos fazem birra, ou se comportam mal, dizemos que estão com sono, cansados, ou passando por uma fase.

Quando os filhos dos outros fazem birra e se comportam mal, dizemos que são mal-educados e mimados, e ficamos horas debatendo quais as falhas daqueles pais na educação de seus filhos, talvez sejam ausentes, ou muito presentes, talvez negligentes, ou falta uma boa palmada, criados pelos avós ou varias outras razões, enfim, perdemos um bom tempo discutindo a vida e a educação de outras famílias.

Se identificou? Não? Então, provavelmente você não é desse planeta.

Comparar nossa vida aos dos outros, faz parte do comportamento humano, vivemos nos comparando.
Quando temos filhos, isso fica tão evidente, porque nossos filhos são nossas crias, postas no mundo para serem melhores do que nós mesmos.
O problema está em quanto tempo perdemos observando a educação que outros pais dão para seus filhos e deixamos de olhar a nossa própria criação, muitas vezes somos surpreendidos com uma crítica, vinda de algum familiar, ou amigo próximo, porque dificilmente uma pessoa que não seja próxima, vai ter a coragem de criticar o filho de outra pessoa, assim, na cara.

Já ouvi críticas sobre meu filho e confesso: DÓI, dói ouvir de outra pessoa que seu filho tem um comportamento inadequado em alguma situação, a primeira reação que tive foi brigar com meu filho, depois, sentir raiva da pessoa que o criticou e em terceiro lugar, vergonha.

É claro que essa raiva da crítica é momentânea, uma raiva misturada a vergonha. Por que ele não deu o tempo de eu ver o que o meu filho estava fazendo? Por que ele tomou a frente? No mínimo queria mostrar que seus filhos são mais educados que os meus...
Bobagem.

Eu procuro tirar o melhor daquela crítica, afinal, toda crítica traz algo de bom. Isso é um ótimo exercício para filtrar a raiva e a vergonha.

Nossos filhos tem defeitos que muitas vezes só enxergamos após a crítica de alguém, muitas vezes acreditamos que aquele comportamento é normal e que não causa dano ao outro.

Hoje com dois filhos, eu tenho um que bate e outra que apanha, tenho que frear o instinto lutador do Mauricio para que não seja inconveniente "lutando" com outras crianças que não curtem esse tipo de brincadeira, ao mesmo tempo tenho que frear os filhos do outros que tentam as mesmas brincadeiras um pouco mais violentas, com a minha pequena Valentina. Dois pesos, duas medidas.

Evito a todo custo criticar ou ter que chamar a atenção de outra criança, principalmente quando os pais estão por perto, outro dia um troglodita de 5 anos tentando afogar o Mauricio na piscina, a mãe achando graça, porque ele é grande, mas tem apenas 5 anos, então, ele poderia afogar o meu, numa boa. Uma hora eu dei um berro: OOOOOO menino, pode parar com isso agora! Na frente da mãe dele, que fez cara de paisagem. Não gostei de ter que fazer aquilo, mas às vezes é inevitável.

Pra minha casa eu tento trazer o que vejo de melhor, porque, comportamentos bons podem ser copiados aqui.




terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nao mexe com quem esta quieto. Ou mexe?

Com a chegada do segundo filho, você se dá conta de que esqueceu algumas coisinhas básicas, que você mesmo achou que nunca se esqueceria.

Relaxo? Sim, exatamente isso. Com a Valentina eu não tenho toda aquela atenção que eu tinha com o Mauricio, de ficar toda hora em cima da criança, vendo se está respirando quando esta dormindo (até os 6 meses), se ele dormia pouco eu procurava uma razão, se dormia demais eu também procurava uma razão. Enfim, no segundo a gente relaxa, sabe que um espirro não é o inicio de gripe e que uma picada de mosquito não é o fim do mundo.

Desde que nascem, eles exigem tanto a nossa atenção, que a partir dos 2 anos, se brincam sozinhos em um cantinho da casa, aprendi: NÃO MEXE COM O QUE ESTA QUIETO. Sim, porque ele estava brincando sozinho e se eu aparecia ou perguntava sobre o que ele estava fazendo, pronto! Eu era obrigada a entrar na brincadeira e os meus minutos de sossego, iam por água abaixo.

Beirando os 4 anos, Mauricio brinca muito sozinho, às vezes me preocupo, se fica mais de uma hora no quarto, peço licença pra entrar na brincadeira, SIM, porque agora nem sempre ele aprecia minha companhia, às vezes, eu o incomodo, exatamente com essas palavras: MAMÃE, VOCÊ ESTÁ ME INCOMODANDO. Triste.

A Valentina está na fase de ficar agarrada no meu pé o dia todo, por onde ando ela está atrás, outro dia olhando o que tinha pra comer na geladeira, fechei a porta e me virei, a derrubei, porque ela estava exatamente fazendo minha sombra.

Quando ela me dá uma folga e decide sair pela casa a desbravar, sinto um alivio, ufaaa, posso fazer uma ligação, ir no banheiro, comer algo (sem que ela fique gritando no meu pé) ou dar atenção pro Mauricio que ficou em segundo plano.

Apreciando esses momentos de folga, passei a deixa-la mais livre, desde que me dê os 5 minutos de folga, MAS, com 1 ano não da pra descuidar, nessa fase o melhor é  MEXA COM O QUE ESTA QUIETO, porque se o seu bebe de 1 a 2 anos esta quieto é porque esta aprontando algo.
Num desses 5 minutos de folga e liberdade para a pequena, a encontrei no quarto com a tampa de um remédio, pequenininha, na mão, o que daria um belo trabalho pra tirar da boca caso ela resolvesse tentar provar aquilo (e não me pergunte por que aquela tampa estava no quarto de uma criança).

Filhos dão trabalho mesmo.

Se ficam no seu pé o dia todo ou se não ficam, sua cabeça está sempre neles, o que estão pensando, o que estão fazendo, porque estão fazendo aquilo e porque se comportam daquela ou de outra maneira.
Não há fórmula mágica ou certa pra cuidar de um filho e cada filho é diferente, teria que haver uma fórmula para cada criança, já que todas elas são únicas no seu modo de agir e pensar.
Pai e mãe, como educadores, jamais relaxam, é um trabalho árduo e difícil, mas, muito prazeroso.
Os meus ainda são muito pequenos, fico imaginando: O que ainda vem pela frente?